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Nasce o maior instituto de investigação em astrofísica de Portugal
2014 outubro 29

1. Logótipo do recém-formado Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).2. Esquerda - IA/ULisboa, situado no Observatório Astronómico de Lisboa (OAL). Direita - IA/UPorto, situado no edifício que o CAUP partilha com o Planetário do Porto - Centro Ciência Viva.

As duas maiores instituições nacionais de investigação em Astrofísica, CAUP e CAAUL anunciam hoje a sua fusão, dando origem ao Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA). Este é um passo fundamental na consolidação da investigação científica, formação e divulgação de astronomia e astrofísica em Portugal, e no reforço da participação nacional nos grandes projetos internacionais na área das ciências do espaço.

José Afonso (IA e Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa), coordenador do CAAUL e do recém-formado IA comenta: “O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço representa o culminar de uma colaboração de vários anos entre as duas instituições de referência na área em Portugal.” Já para o diretor do CAUP, Pedro Avelino (IA e Faculdade de Ciências da Universidade do Porto), “este passo tornará ainda mais robusta a investigação nacional na área das ciências do espaço, a área de investigação em que Portugal tem maior impacto internacional1.”

As atividades do IA estão estruturadas em torno de três grandes grupos de investigação – Origem e Evolução de Estrelas e Planetas; Galáxias, Cosmologia, e a Evolução do Universo e ainda Instrumentação e Sistemas. A participação dos investigadores do IA, em alguns dos maiores projetos internacionais nestas áreas de vanguarda, tornará ainda mais importante o papel de Portugal junto das grandes instituições europeias, como a Agência Espacial Europeia (ESA) e o Observatório Europeu do Sul (ESO).

Por sua vez, a participação no desenvolvimento de tecnologias de ponta para a observação astronómica, no contexto dessas instituições internacionais, reforçará a colaboração já existente entre o IA e a indústria nacional.

O novo instituto tem também uma forte componente de divulgação científica na área das ciências do espaço, com um vasto leque de atividades dirigidas tanto às escolas como ao público em geral, centradas essencialmente no Planetário do Porto – Centro Ciência Viva e no Observatório Astronómico de Lisboa. O IA integra ainda a rede de parceiros oficiais de divulgação do ESO, uma parceria exclusiva de instituições que colaboram regularmente com o ESO, em eventos e em projetos de divulgação ou educação informal.

Com o anúncio da criação do IA, é também lançada a iniciativa 30 dias IA. Ao longo do mês de novembro, será publicada nas suas redes sociais, informação diária sobre o novo instituto e o seu papel científico e tecnológico, tanto a nível nacional como internacional.

Nota

  1. Segundo o estudo da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciências (DGEEC) – Produção Científica em Portugal, que analisa o impacto das publicações indexadas na Web of Science para anos de 2008 a 2012, a área de Ciências Espaciais (Space Science) é a que, em Portugal, tem maior impacto, com a média relativa de citações 1,36 vezes acima da média europeia para a área. Na União Europeia, o impacto por publicação de Portugal nesta área é de 15,23 apenas ultrapassado pela Dinamarca, com 16,02.


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